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发布于:2021 年 10 月 10 日 下午 4:25

Uma revolução técnica, cultural e artística praticamente sem equivalentes no mundo dos games. Chega ao extremo de Quake ser influente demais para seu próprio bem, com suas conquistas nos dois primeiros aspectos sendo tão grandes que acabam ofuscando seus méritos artísticos. Mas Quake não é "apenas" um marco tecnológico: é uma experiência lúdica incrível que ainda vale a pena ser jogada hoje em dia e, como prova a recente popularidade dos "Boomer Shooters", ainda pode inspirar e muito o gênero de FPS.

Quake é, antes de tudo, a consumação de toda a experiência e ambição da id Software. Mais do que um mero "Doom 3D", o jogo reflete o quanto o estúdio mudou e como seu potencial criativo estava longe de se esgotar. O salto tridimensional não é uma mera mudança de perspectiva. Os níveis abusam da verticalidade agora possível pela nova dimensão e há um grande foco na movimentação e gerenciamento de espaço. Os ogros, inimigos mais comuns do game, dão o tom de como se deve jogar Quake: armados com um lança granadas e uma serra elétrica, a melhor estratégia é sempre manter uma distância média, longe o suficiente para não ser atacado pela serra, mas não tão longe que você ficará onde caem as granadas. Todos inimigos do jogo seguem um princípio parecido, obrigando você a se movimentar e estar ciente dos espaços que ocupa a todo momento.

A pura visceralidade de Doom dá lugar a um sentimento de angústia e raiva típica dos anos 90 (a famosa angst) que permeia toda a atmosfera orquestrada por um dos melhores trabalhos de Trent Reznor. É essa atmosfera que consegue reunir as várias influências visuais, estilos arquitetônicos e princípios de level design díspares num pacote funcional que se fortaleça devido sua aparente falta de coesão, não a despeito dela. Quake não é scifi, não é medieval, não é gótico, não é lovecraftiano. Quake é Quake.
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